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Arquitetos: The Architecture Company (TAC)
- Área: 485 m²
- Ano: 2023
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Fabricantes: AQUANT, Apolo, Eternia Windows, Jaquar, Jindal Steel, MITSUBISHI HEAVY INDUSTRIES, Star Eagle, Ultratech
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta é uma casa de férias localizada em um pequeno povoado na costa oeste da Índia, próximo ao Mar Arábico. Destinada como um oásis, ela foi construída no terreno ancestral da família, no coração do cinturão de Konkan, para permitir que eles regressem às suas raízes no campo. A antiga casa que estava no local foi construída pelo avô do cliente e foi cenário de muitas férias de verão durante seus anos escolares. Abandonada no início dos anos 1990, foi entregue às árvores ao redor, que rapidamente tomaram conta da estrutura abandonada ao longo dos próximos 30 anos.
Desejando um ritmo de vida mais lento, o jovem casal empreendedor que vive em Mumbai esperava recriar suas memórias de infância na propriedade de seus avós, enquanto geram novas com sua filha pequena. As árvores de manga e jaca existentes tinham um lugar especial no coração do cliente, tornando-as um elemento importante no briefing de projeto. O local possui um cenário subtropical pitoresco com grande quantidade de pássaros, insetos e macacos visitando as árvores frutíferas ocasionalmente. Pela proximidade com a praia, o som ambiente das ondas batendo na areia adiciona charme ao ambiente tranquilo.
A casa foi imaginada como uma coleção de momentos arquitetônicos e espaciais conectados por uma variedade de passagens abertas e semiabertas. O volume se espalha pelo local para acomodar as árvores existentes, esfumaçando os limites entre o volume e seu entorno. O bloco da casa se divide para criar uma varanda coberta que conecta visualmente o gramado ao paar (assento) sob a árvore, permitindo que a brisa do mar fresca circule pelo local. A intenção de criar espaços íntimos para cada membro da família foi a pedra angular no planejamento da casa, que possui 4 quartos, 4 banheiros, um espaço de estar de dois andares, varandas, terraços, uma cozinha com área de jantar ao ar livre, uma academia e alojamentos para funcionários.
A casa leva o nome da pedra vermelha usada em sua construção, que é nativa da região. Desde o início, o projeto estava emocionalmente ligado à terra onde está situado. A antiga casa em ruínas foi desmontada e seus componentes absorvidos no novo volume como símbolo de sua transformação em uma nova forma. As pedras das paredes preencheram a base, a madeira das vigas foi usada nos pilares, e as antigas telhas de barro foram colocadas ao lado das novas. Blocos das pedreiras vizinhas foram usados para as paredes e finas fatias dos mesmos foram usadas para revestir as paredes exteriores, resfriando e protegendo ainda mais a estrutura.
Enquanto os ladrilhos de pedra Kota, Kadappa, Jaiselmer e Shabad localmente disponíveis foram usados para o piso da casa, o resíduo destes foi assentado como mosaicos multicoloridos na varanda e no espaço de reuniões. O telhado inclinado, com seus grandes beirais e varandas intermediárias, não apenas protege as paredes durante as chuvas torrenciais, mas também sombreia o interior durante os verões quentes. Os móveis, arte e decoração coletados pelos clientes durante suas viagens decoram as paredes dos quartos. A casa possui um clima suave e terroso em todos os seus espaços, abraçando a vibração wabi-sabi que os torna cativantes.
Este é um projeto que completa o ciclo de uma casa agitada a abandonada e tomada pela natureza, que agora é reivindicada pela família como sua.